quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Cientista Severinense é destaque no Jornal Nacional


 Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro em parceria com diversas instituições brasileiras de pesquisa estão desenvolvendo um tratamento novo contra um tipo grave de câncer. A aposta dos pesquisadores é uma arma minúscula, tão pequena que só pode ser vista com um super microscópio capaz de ampliar a imagem 300 mil vezes. Os cientistas desenvolvem um novo tratamento contra a metástase óssea, quando o câncer se espalha para o osso. Normalmente, atinge pacientes que já tiveram tumores de mama ou de próstata. Eles conseguiram transformar em nanopartículas remédios que agem emitindo baixas doses de radiação no tumor, e que já são usados no diagnóstico e no tratamento do câncer. Para chegar a essas nanopartículas, é preciso dividir o milímetro um milhão de vezes.
Os medicamentos feitos a partir dessas partículas tão pequenas são uma das grandes esperanças da medicina para o tratamento do câncer. Apesar do tamanho, são remédios poderosos, que prometem ser mais eficazes e trazer mais qualidade de vida para os pacientes. Os nanomedicamentos são revestidos por uma cápsula. Nela, os pesquisadores colocaram substâncias para levar o remédio até o tumor, e sem se espalhar pelo organismo. “A partir do momento que você administra ela, ela vai ser guiada ao longo do seu organismo, especificamente para o local onde ela precisa agir, para o local doente do seu organismo”, explica Franceline Reynaud, professora da Faculdade de Farmácia da UFRJ. Nos testes em animais, as nanopartículas foram 70% mais eficientes que os remédios convencionais. Em quatro anos, os pesquisadores esperam testar a novidade em seres humanos.
O Brasil pode se tornar um dos países pioneiros na busca de tratamentos cada vez menos agressivos contra o câncer. “Ele volta a andar, a dirigir, a poder abraçar seu familiar, e ele tem uma vida muito mais produtiva, tanto social quanto em termos familiar, até o fim da sua vida”, reforça o coordenador da pesquisa, Ralph Santos Oliveira. “É o que a gente chama de individualização do tratamento. Ou seja, você utilizar o tratamento certo, na dose certa, para o paciente correto. Com certeza é o futuro do tratamento do câncer”, conclui Carlos Gil Ferreira, coordenador de pesquisa clínica do Inca.   

Kattya Gyselle é filha de Severiano Melo, da família HOLANDA FERREIRA, neta do conhecido "Tião Holanda". Atualmente mora na cidade do Rio de Janeiro onde é professora na faculdade federal, UFRJ. Em 2011 concluiu doutorado em Paris e atualmente além de professora faz também pós-doutorado.  

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