Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro em parceria com diversas
instituições brasileiras de pesquisa estão desenvolvendo um tratamento novo
contra um tipo grave de câncer. A aposta dos pesquisadores é uma arma minúscula,
tão pequena que só pode ser vista com um super microscópio capaz de ampliar a
imagem 300 mil vezes. Os cientistas desenvolvem um novo tratamento contra a
metástase óssea, quando o câncer se espalha para o osso. Normalmente, atinge
pacientes que já tiveram tumores de mama ou de próstata. Eles conseguiram
transformar em nanopartículas remédios que agem emitindo baixas doses de
radiação no tumor, e que já são usados no diagnóstico e no tratamento do câncer.
Para chegar a essas nanopartículas, é preciso dividir o milímetro um milhão de
vezes.
Os medicamentos feitos a partir dessas
partículas tão pequenas são uma das grandes esperanças da medicina para o
tratamento do câncer. Apesar do tamanho, são remédios poderosos, que prometem
ser mais eficazes e trazer mais qualidade de vida para os pacientes. Os
nanomedicamentos são revestidos por uma cápsula. Nela, os pesquisadores
colocaram substâncias para levar o remédio até o tumor, e sem se espalhar pelo
organismo. “A partir do momento que você administra ela, ela vai ser guiada ao
longo do seu organismo, especificamente para o local onde ela precisa agir, para
o local doente do seu organismo”, explica Franceline Reynaud, professora da
Faculdade de Farmácia da UFRJ. Nos testes em animais, as nanopartículas foram
70% mais eficientes que os remédios convencionais. Em quatro anos, os
pesquisadores esperam testar a novidade em seres
humanos.
O Brasil pode se tornar um dos países
pioneiros na busca de tratamentos cada vez menos agressivos contra o câncer.
“Ele volta a andar, a dirigir, a poder abraçar seu familiar, e ele tem uma vida
muito mais produtiva, tanto social quanto em termos familiar, até o fim da sua
vida”, reforça o coordenador da pesquisa, Ralph Santos Oliveira. “É o que a
gente chama de individualização do tratamento. Ou seja, você utilizar o
tratamento certo, na dose certa, para o paciente correto. Com certeza é o futuro
do tratamento do câncer”, conclui Carlos Gil Ferreira, coordenador de pesquisa
clínica do Inca.
Kattya Gyselle é filha de Severiano Melo, da família HOLANDA FERREIRA, neta do
conhecido "Tião Holanda". Atualmente mora na cidade do Rio de Janeiro onde é
professora na faculdade federal, UFRJ. Em 2011 concluiu doutorado em Paris e
atualmente além de professora faz também pós-doutorado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário