Piorou muito nas últimas horas o nível do debate entre governo e oposição – o que abre uma perspectiva assustadora para a campanha eleitoral deste ano.
O governo considerou um erro estratégico a entrevista concedida pelo presidente do PSDB, Sérgio Guerra, atacando aspectos da política econômica e o PAC. Mas poderia ter tolerado a livre expressão do pensamento da oposição, permitindo o contraditório.
Os petistas partiram para a interdição do debate. A ministra Dilma lançou mão de uma arma que aterroriza os tucanos ao dizer que o PSDB quer acabar com o PAC. É tática semelhante a dizer que os tucanos vão privatizar tudo o que virem pela frente. É puro terrorismo. Mas é tremendamente eficiente.
O PSDB desarvorou diante da repetição da velha estratégia para a qual nunca encontrou antídoto. E revidou chamando Dilma de mentirosa. Desceu vários degraus no registro vocabular. Aí então, o infermo é o limite. Berzoini partiu para adjetivações tão grosseiras quanto: chamou Serra de hipócrita e Sérgio Guerra de jagunço. E foram todos ladeira abaixo, com seus tamancos.
Lamentável preâmbulo para uma campanha que sequer começou.
Ao ver a altura das labaredas, o presidente pulou para longe da fogueira. Deixou para o partido a tarefa de bater boca. E mandou dizer que “Dilma é da paz. Guerra está no PSDB” – como afirmou o ministro Alexandre Padilha, num trocadilho com o nome do presidente dos tucanos.
Nem uma coisa, nem outra. Quem interdita o debate e não é capaz de ouvir o contraditório, acaba falando sozinho, corre o sério risco do dogmatismo e da cegueira, os quais, se potencializados, promovem desfechos desastrosos. A oposição que desarvora diante da própria falta de argumentos tampouco está preparada para o debate de bom nível.
Vai ser preciso muito mais juízo e temperança aos líderes políticos para não transformar a discussão eleitoral num festival de grosserias. O eleitor não merece isso.
Fonte: Blog da Christina Lemos
O governo considerou um erro estratégico a entrevista concedida pelo presidente do PSDB, Sérgio Guerra, atacando aspectos da política econômica e o PAC. Mas poderia ter tolerado a livre expressão do pensamento da oposição, permitindo o contraditório.
Os petistas partiram para a interdição do debate. A ministra Dilma lançou mão de uma arma que aterroriza os tucanos ao dizer que o PSDB quer acabar com o PAC. É tática semelhante a dizer que os tucanos vão privatizar tudo o que virem pela frente. É puro terrorismo. Mas é tremendamente eficiente.
O PSDB desarvorou diante da repetição da velha estratégia para a qual nunca encontrou antídoto. E revidou chamando Dilma de mentirosa. Desceu vários degraus no registro vocabular. Aí então, o infermo é o limite. Berzoini partiu para adjetivações tão grosseiras quanto: chamou Serra de hipócrita e Sérgio Guerra de jagunço. E foram todos ladeira abaixo, com seus tamancos.
Lamentável preâmbulo para uma campanha que sequer começou.
Ao ver a altura das labaredas, o presidente pulou para longe da fogueira. Deixou para o partido a tarefa de bater boca. E mandou dizer que “Dilma é da paz. Guerra está no PSDB” – como afirmou o ministro Alexandre Padilha, num trocadilho com o nome do presidente dos tucanos.
Nem uma coisa, nem outra. Quem interdita o debate e não é capaz de ouvir o contraditório, acaba falando sozinho, corre o sério risco do dogmatismo e da cegueira, os quais, se potencializados, promovem desfechos desastrosos. A oposição que desarvora diante da própria falta de argumentos tampouco está preparada para o debate de bom nível.
Vai ser preciso muito mais juízo e temperança aos líderes políticos para não transformar a discussão eleitoral num festival de grosserias. O eleitor não merece isso.
Fonte: Blog da Christina Lemos
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