Preço do gás faz consumidor preferir usar lenha para economizar
Do R7 com Giselli Souza
Mais de um terço dos brasileiros ainda prefere usar o fogão à lenha em vez do botijão de gás, segundo pesquisa cedida com exclusividade ao R7 pelo Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liqüefeito de Petróleo). Apesar de 95% das residências possuírem botijão de gás, segundo dados do setor, 37% dos brasileiros preferem usar o fogão à lenha para cozinhar, de acordo com Sérgio Bandeira, presidente do Sindigás.
- Não é uma lenha de árvore, é uma lenha catada na rua, que polui o meio ambiente. Se o governo incentivasse na redução do preço do botijão, seja por subsídio ou adequação dos impostos, esse déficit seria zerado e os investimentos retornariam aos cofres públicos em até cinco anos por meio da economia em saúde pública.
Atualmente, o governo estuda diminuir o preço do botijão para R$ 10, por meio de um subsídio do governo, para 12,4 milhões de famílias atendidas pelo programa Bolsa Família. A medida é vista de forma positiva pelo Sindigás, que afirma que o valor do gás poderia chegar a R$ 8 em algumas regiões do país, caso a medida fosse aprovada.
- O governo teria que desembolsar R$ 30 para cada botijão, que dura, em média, de 45 a 60 dias. O preço continuaria o mesmo [em média R$ 40], podendo ser até inferior, dependendo da localidade.
O Estado do Amazonas é o que possui o botijão mais barato, ao custo de R$ 33, segundo estimativas do Sindigás. O motivo é que o Estado zerou os impostos, que somados custam R$ 8, para incentivar o consumo. No restante do país, Minas Gerais é o Estado onde o gás é mais caro, com 18% do valor referente a impostos, seguido pelas regiões do Nordeste, Norte e o Estado do Espírito Santo que pagam 17% do valor em taxas. As regiões Sul e Sudeste pagam 12% do valor do gás em impostos.
- Ironicamente o gás é mais caro nas regiões mais pobres do país. Nós defendemos a proposta do governo, mas achamos que a adequação dos impostos também ajudaria a solucionar o problema.
Entre os problemas apontados na possível aprovação do projeto pelo governo estão: o controle no uso do subsídio, que seria repassado por meio do cartão Bolsa Família, e o uso dos recursos por meio do CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) na ordem de R$ 100 milhões mensais. Por ano, a ajuda poderia ser superior a R$ 1 bilhão.
Contra
O uso dos recursos é motivo de controvérsia por Alexandre Borrjaili, presidente da ASMIRG-BR (Associação Brasileira dos Revendedores de GLP). Ele afirma que se mais empresas entrassem no setor o preço do botijão cairia pela metade, com o acirramento da concorrência.
- O governo está querendo gastar em vez de facilitar a abertura do mercado. Hoje, existe um monopólio e a população paga caro por isso. Eles [as empresas] usam a legislação para monopolizar o mercado e impedir a entrada de novos concorrentes.
O Sindigás rebate as acusações de Borrjaili e afirma que existem atualmente no mercado 22 empresas e 37 mil revendedoras. O R7 apurou que entre as maiores estão ao menos cinco empresas: Comgás (Companhia de Gás de São Paulo), Liquigás, Ultragaz, SHV Super Gás e Nacional Gás. Para configurar monopólio, somente uma empresa teria que controlar o setor.
Do R7
Mais de um terço dos brasileiros ainda prefere usar o fogão à lenha em vez do botijão de gás, segundo pesquisa cedida com exclusividade ao R7 pelo Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liqüefeito de Petróleo). Apesar de 95% das residências possuírem botijão de gás, segundo dados do setor, 37% dos brasileiros preferem usar o fogão à lenha para cozinhar, de acordo com Sérgio Bandeira, presidente do Sindigás.
- Não é uma lenha de árvore, é uma lenha catada na rua, que polui o meio ambiente. Se o governo incentivasse na redução do preço do botijão, seja por subsídio ou adequação dos impostos, esse déficit seria zerado e os investimentos retornariam aos cofres públicos em até cinco anos por meio da economia em saúde pública.
Atualmente, o governo estuda diminuir o preço do botijão para R$ 10, por meio de um subsídio do governo, para 12,4 milhões de famílias atendidas pelo programa Bolsa Família. A medida é vista de forma positiva pelo Sindigás, que afirma que o valor do gás poderia chegar a R$ 8 em algumas regiões do país, caso a medida fosse aprovada.
- O governo teria que desembolsar R$ 30 para cada botijão, que dura, em média, de 45 a 60 dias. O preço continuaria o mesmo [em média R$ 40], podendo ser até inferior, dependendo da localidade.
O Estado do Amazonas é o que possui o botijão mais barato, ao custo de R$ 33, segundo estimativas do Sindigás. O motivo é que o Estado zerou os impostos, que somados custam R$ 8, para incentivar o consumo. No restante do país, Minas Gerais é o Estado onde o gás é mais caro, com 18% do valor referente a impostos, seguido pelas regiões do Nordeste, Norte e o Estado do Espírito Santo que pagam 17% do valor em taxas. As regiões Sul e Sudeste pagam 12% do valor do gás em impostos.
- Ironicamente o gás é mais caro nas regiões mais pobres do país. Nós defendemos a proposta do governo, mas achamos que a adequação dos impostos também ajudaria a solucionar o problema.
Entre os problemas apontados na possível aprovação do projeto pelo governo estão: o controle no uso do subsídio, que seria repassado por meio do cartão Bolsa Família, e o uso dos recursos por meio do CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) na ordem de R$ 100 milhões mensais. Por ano, a ajuda poderia ser superior a R$ 1 bilhão.
Contra
O uso dos recursos é motivo de controvérsia por Alexandre Borrjaili, presidente da ASMIRG-BR (Associação Brasileira dos Revendedores de GLP). Ele afirma que se mais empresas entrassem no setor o preço do botijão cairia pela metade, com o acirramento da concorrência.
- O governo está querendo gastar em vez de facilitar a abertura do mercado. Hoje, existe um monopólio e a população paga caro por isso. Eles [as empresas] usam a legislação para monopolizar o mercado e impedir a entrada de novos concorrentes.
O Sindigás rebate as acusações de Borrjaili e afirma que existem atualmente no mercado 22 empresas e 37 mil revendedoras. O R7 apurou que entre as maiores estão ao menos cinco empresas: Comgás (Companhia de Gás de São Paulo), Liquigás, Ultragaz, SHV Super Gás e Nacional Gás. Para configurar monopólio, somente uma empresa teria que controlar o setor.
Do R7
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