quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Discutir pré-sal em noventa dias é risco para a sociedade

Foto: Agência Senado Senador José Agripino Maia DEM/RN


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O senador José Agripino (RN) disse que votar as novas regras de exploração do pré-sal em prazo recorde de 90 dias – como defende o governo federal – é uma temeridade para a sociedade, para o Brasil e para o investidor estrangeiro. De acordo com o líder dos Democratas no Senado, é melhor debater a votação do projeto por alguns meses do que se votar apressadamente um novo marco regulatório e colocar em risco o investimento do país daqui a cinco, seis anos.

“Sem debate é uma temeridade para a sociedade brasileira, para o país e também para os investidores estrangeiros. É preciso exaurir esse assunto. Caso contrário, nós não vamos apoiar”, avisou Agripino. “Tem que se analisar o projeto com cuidado. Quero que o petróleo do pré-sal seja um benefício para meu país, mas, para isso, é preciso exaurir o debate”, acrescentou.

Entre os projetos do Executivo para o pré-sal está a criação da Petrosal – nova subsidiária da Petrobras que será responsável pela gestão do pré-sal. Agripino teme a presença exagerada do Estado que, segundo ele, não é um bom empresário. “Para se colocar em prática a exploração do pré-sal são necessários bilhões de dólares, ou seja, tem que se atrair investidor. Não se pode entregar o projeto à tutela do Estado”, frisou.

Em relação à Lei do Petróleo, de 1997, José Agripino lembrou que, além de atual, a lei foi a responsável pela auto-suficiência do petróleo brasileiro. Desde então, o setor cresceu de 3% para 12% da economia brasileira. “Se nem o governo conseguiu chegar a um consenso em um ano, que dirá em 90 dias? Temos uma lei que deu ao Brasil a auto-suficiência em produzir petróleo. É uma lei boa, atual. O que se quer é evoluí-la; o que não sabemos é se com ela seremos capazes de atrair capital”, concluiu.

(Fernanda Domingues - Equipe Agripino)

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