sábado, 9 de janeiro de 2010

Sem recursos para pré-campanha, Marina empaca em 8% e pode encolher


O comando da campanha de Marina Silva se reuniu pela primeira vez este ano em São Paulo para algumas conclusões previsíveis: sem recursos, as perspectivas de crescimento da pré-candidata pelo PV são limitadas. A arrecadação oficial de dinheiro para a campanha só é autorizada pela Lei Eleitoral a partir de julho, e os cofres do PV não são exatamente bem aquinhoados.

As últimas pesquisas de intenção de voto apontam que Marina não passou dos 8% até aqui, o que lhe deixa bem longe da possibilidade de disputar um segundo turno. Para isso, a candidata teria de quadruplicar seu desempenho até meados do ano – o que é altamente improvável. Pior: o crescimento das grandes candidaturas pode avançar sobre a de Marina, que arrisca encolher.

A chapa do PV vai no máximo colaborar para a evasão de votos do espectro governista, em sua maioria. Até agora, a candidata verde ainda não tem coligações ou palanques regionais. O primeiro sinal de que a água começou a ameaçar a canoa foi a desistência de Fernando Gabeira em disputar o senado. O deputado vai no máximo tentar outro mandato para a Câmara.

Quem destila sua bronca contra a ex-petista é o deputado cassado José Dirceu, que, em seu blog, chama de factóide a indicação do também ex-petista Eduardo Jorge para coordenador da campanha da senadora. “Essa indicação de Eduardo Jorge desperta suspeita sobre o caráter da candidatura Marina Silva” – insinua Dirceu, lembrando que Jorge é hoje secretário de Meio Ambiente do prefeito paulistano Gilberto Kassab (DEM-PSDB), ligado a Serra. O discurso de Dirceu busca minar os votos que petistas porventura ainda pensem em dedicar a Marina.

A candidata precisa urgentemente de um plano de exposição à mídia, que vá além da tribuna do senado e do público verde – esse já a conhece de sobra e provavelmente já fez sua opção para 2010.
Fonte: Blog da Christina Lemos

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